segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Voa

© Rosária Pacheco, "Voa", Barrinha da Ilha de Faro, 28 de Agosto de 2017



Voa pensamento e contigo o corpo,a alma,e a mente...

Um poema para ver e sentir

© Rosária Pacheco,  "Um poema para ver e sentir", Barrinha da Ilha de Faro, 28 de Agosto de 2017



Existem cenários da natureza
que não precisam de palavras
para serem poemas 

Um passeio matinal

© Rosária Pacheco, "As Gaivotas", Barrinha da Ilha de Faro, 28 de Agosto de 2017


Num paraíso chamado Barrinha, as gaivotas deixaram que eu me aproximasse, continuando a descansar neste pequeno éden tão pertinho de casa. Um passeio matinal revigorante para quem gosta de caminhar.

sábado, 26 de agosto de 2017

Poesia com cheiro a maresia, esperança e paz

© Rosária Pacheco, "Poesia com cheiro a maresia, esperança e paz", 26 de Agosto de 2017


Entrego os meus pensamentos ao mar e ele oferece-me poesia com cheiro a maresia, 
esperança e paz. 
E assim, nesta troca de mimos, ele faz-me esquecer o que há de feio no mundo 
e desperta em mim a capacidade de ver apenas a beleza que me rodeia. 
Desta forma, esquecendo o mundo vil, sinto-me em sintonia com a perfeição da nossa Terra.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Existe um mar...

© Rosária Pacheco, "Existe um mar", 24 de Agosto de 2017


Existe um mar que é só meu, e é só teu.
Um mar que apenas se vê com os olhos do coração.
Umas vezes calmo, outras revolto,
este mar embala os teus dias.
Voga contigo onde tu fores.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Na Praia dos Galápos fiquei “sem espacito”

© Rosária Pacheco, "Na Praia dos Galápos", 15 de Agosto de 2017



A Praia dos Galápos é uma das praias mais bonitas que conheci. Tem uma vista lindíssima para a bela baía da Praia dos Galapinhos, considerada uma das praias mais bonitas da Europa. Era uma manhã bonita de Agosto, em pleno feriado. Fazia calor. Como programa do dia escolhemos ir até à Serra da Arrábida, a uma das suas bonitas praias. Saímos cedo (muito cedo) de casa, e ainda bem que assim foi. Chegámos à praia sem trânsito, conseguindo ainda um bom lugar de estacionamento. Perante a descida inóspita para a Praia dos Galapinhos (que me recusei a utilizar, porque o objectivo era veranear e não fazer desportos radicais, como por exemplo: escalada), decidimos ir à Praia dos Galápos, pois possui um acesso muito mais civilizado (escadas). Chegados à praia por volta das 8.00h, fomos das primeiras pessoas a estender as nossas toalhas numa praia quase deserta. Uma praia lindíssima e paradisíaca. Foi nessa hora que fiz esta fotografia. Esta e outras que me encantaram pela cor do mar, pela cor das rochas e pelo verde lindo da Serra da Arrábida. 
Terminada a sessão de fotografias fui a banhos. É-me difícil resistir a um belo banho de mar numa praia assim. Lá fui experimentar as águas das praias de Setúbal. Este lindo mar não é morninho como o meu mar algarvio, mas apesar de estar “bem fresquinho” gostei muito desta experiência. O dia estava a ficar bem quente e qualquer oportunidade para me poder refrescar é bem-vinda. 
Parecia que iríamos poder desfrutar de uma belíssima manhã de praia, num lindo paraíso à beira-mar plantado até que, por volta das 9:30 – 10:00 horas, a praia se encheu por completo, dando por mim num emaranhado tal de pessoas, toalhas, pés (e não digo mais à minha volta), que fiquei sem espacito para a minha toalha. Sim, literalmente, como a versão da RFM da canção “Despacito”. A versão “Sem espacito” começou a tocar de tal maneira na minha mente que quando dei por mim já estava a cantarolar a canção no meio de uma praia repleta de pessoas. Mas a cantarolar baixinho, não fosse ser escorraçada pelos demais veraneantes. É claro que nós, habituados a mais espaço nas praias do Algarve, não temos paciência, nem perfil, para estarmos rodeados de toalhas e pés, sem espaço para nos movermos. Ficamos logo com sintomas de claustrofobia. Não pensámos duas vezes, decidimos em uníssono dar por encerrada a nossa bela experiência, numa praia paradisíaca, quase deserta. Fomo-nos rapidamente embora, tendo consciência que o nosso “espacito” iria ser ocupado rapidamente por outros veraneantes. Apesar desta experiência típica do mês de Agosto, recomendo vivamente a visita a estas praias lindas. A Serra da Arrábida e as suas praias são encantadoras e proporcionam-nos um belíssimo passeio em qualquer época do ano, menos neste nosso tão “querido” mês de Agosto. 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

As sete saias da mulher da Nazaré



© Rosária Pacheco, "As setes saias da mulher da Nazaré", 14 de Agosto de 2017



Existem muitas explicações inconclusivas sobre o traje tradicional da mulher da Nazaré, mas numa coisa todas concordam: o seu traje constituído por várias saias (sete ou não) está relacionado com a vida do mar. Este traje, rico ou pobre, de festa ou de trabalho, ainda é bastante usado no dia-a-dia destas mulheres. 
Nazaré é conhecida por ser uma terra cheia de lendas, mitos e tradições. Continua a ser uma terra de pescadores. O traje feminino está intimamente ligado à vida das mulheres dos pescadores. O número de saias também. Entre os vários significados das sete saias, existe um que testemunha um costume das mulheres da Nazaré. As nazarenas tinham o hábito de esperar os maridos e os filhos no regresso da pesca no mar. Sentadas no areal, passavam aí muitas horas em vigília. As saias eram utilizadas para se cobrirem do frio. As de cima serviam para cobrir os ombros e a cabeça e as de baixo para tapar as pernas e, desta forma, estarem “compostas”. O número sete ainda tinha outra razão de ser. Dizem os antigos que usavam as sete saias para ajudar a contar as ondas do mar. As nazarenas, que conheciam bem o mar, sabiam que de sete em sete ondas alterosas o mar acalmava; para não se enganarem nas contas, elas desfiavam as saias, tal como as contas de um rosário, e quando chegavam à última sabiam que vinha o raso (as setes ondas calmas ou pequenas), logo, sabiam que era a altura dos barcos dos seus entes queridos encalharem na praia.
Para além do traje de festa que ainda é usado por todas as nazarenas no Carnaval, Domingo de Páscoa e também pelos ranchos folclóricos, é muito comum encontrarmos mulheres vestidas com o traje de trabalho. Existe ainda um terceiro traje todo preto e sem rendas ou bordados, com as saias de baixo cinzentas, usado pelas mulheres mais idosas ou viúvas.
O traje da mulher da Nazaré não parou no tempo. Ora mais curto, ora mais comprido, adaptando novos padrões, tecidos e cores ele continua a ser uma tradição que faz desta vila de pescadores um local a visitar e revisitar pela sua beleza e forte ligação à vida do mar e pela sua história religiosa, bastante visível no local chamado Sítio, onde se situa a gruta antiga (Ermida da Memória) onde encontraram a imagem da Nossa Senhora da Nazaré, que actualmente se encontra no altar- mor do Santuário desta vila.

sábado, 19 de agosto de 2017

Aveiro e os moliceiros

© Rosária Pacheco, "Aveiro e os moliceiros", 13 de Agosto de 2017


Ir a Aveiro e não andar nos moliceiros é quase como ir a Roma e não ver o Papa. Este passeio pelos canais é um dos ex-libris da cidade. Outrora utilizada para a apanha do moliço, principal fonte de adubagem nas terras agrícolas de Aveiro, hoje, esta embarcação é usada para fins turísticos. Os seus guias, além de nos indicarem e explicarem os pontos de interesse que podemos ver ao longo dos canais, procuram proporcionar um momento divertido e verdadeiramente descontraído aos passageiros da sua embarcação. E se entrarmos no seu espírito de diversão, ao fim de alguns minutos, e sempre que nos cruzarmos com os outros moliceiros (que não são poucos…,), damos por nós a entoar o tradicional cumprimento entre os passageiros que circulam pelos canais. Passado pouco tempo, o passeio é acompanhado por uma sucessão constante de “heeeeiiiii   heeeeiiii” que anima todos os que alinham nesta tradição aveirense. E é esta tradição que faz com que a cidade de Aveiro também seja conhecida como a Veneza de Portugal. 

terça-feira, 8 de agosto de 2017

"Il dolce far niente"

© Rosária Pacheco, "Il dolce far niente", Praia de Faro, 8 de Agosto de 2017

Concentro o meu olhar no horizonte. Os meus ouvidos bloqueiam os sons alheios. Desta maneira, e sem esforço algum, dou por mim no meio do meu paraíso azul. Que é como dizer, que me sinto completamente mergulhada na tão desejada sensação de apetecer nada fazer. O “il dolce far niente” ocupou definitivamente os meus dias. Resta-me fazer a vontade à vontade de me desligar de todas aquelas coisas que me distraem do objectivo principal das minhas férias: descansar.

 Arrivederci! 

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Retratos com amor, por favor!

© Rosária Pacheco, "Uma amiguinha do coração", 7 de Agosto de 2017

Sempre que fotografamos alguém, queremos ver felicidade no rosto de quem é fotografado. Quando são crianças, queremos ver um sorriso de satisfação no rosto dos seus papás. Para que isso possa acontecer, tens que colocar no acto de fotografar todo o amor, todo o carinho que sentes. E isso só acontece quando gostas realmente do que estás a fazer. Sempre que tenho que ir ao fotógrafo para tirar fotografias, tremo. Tremo, porque foram raras as fotografias que me tiraram que eu tenha gostado. Nem é preciso falar das fotografias que tiramos para o cartão de cidadão. A primeira vez, e ainda única, em que me coloquei em frente daquele ecrã de registo fotográfico deixou-me traumatizada. Não somos assim tão feios!... E no entanto, é, apenas, a fotografia do nosso documento de identificação na sociedade. Quem não gosta de ficar bem e bonito nas fotografias que nos fazem! Sim, precisamos de fotógrafos que nos façam retratos com amor. Com mais amor, por favor!

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Férias de Verão

© Rosária Pacheco, "Férias de Verão", 4 de Agosto de 2017


Belos tempos foram os nossos, em que as nossas férias de verão, que eram mais prolongadas que as dos pequenos de hoje, nos sabiam a pouco. Agora, há quem reclame da duração das férias, da frequência das interrupções lectivas, esquecendo o quanto são importantes, para o pleno desenvolvimento das crianças, estes dias de brincadeira sem fim. Estes dias de convívio com pais, irmãos, primos, tios, avós e amigos. Estes dias de descanso, sem horários nem tarefas fixas. Quem não tem no seu banco de memórias de infância, de adolescência, de juventude, estas imagens tão lindas e tão repletas da mais pura felicidade!

terça-feira, 1 de agosto de 2017

A decisão certa

© Rosária Pacheco, "A decisão certa", Praia de Faro, 1 de Agosto de 2017


E pensar que estive quase a decidir-me a ficar em casa quando vi o céu cinzento no momento em que abri a porta do quintal. Teria perdido a oportunidade de fotografar este céu e este mar que me transmitem tanta serenidade. Sair de casa com a minha máquina fotográfica no saco foi a decisão certa. Ter encontrado a "minha" praia com este cenário, iluminou o meu dia. Deus sabe o quanto eu fico feliz ao ver o céu assim. Gosto tanto quando Ele decide acordar com Espírito de pintor e se entretém a pincelar o céu com lindas nuvens, assim, como as de hoje.